segunda-feira, setembro 14, 2009

Ontem a Adri (colega de trabalho do ano passado e grande amiga) me chamou no msn e pediu para eu escrever um texto sobre o nosso encontro ano passado. Saiu fácil. Adorei escrever. Segue texto:
Como antes

Era uma tarde de fevereiro de 2008.
E estávamos lá naquele dia apreensivas e ansiosas por um trabalho novo, em um lugar novo, com pessoas novas. Nos olhávamos desconfiadas e cheias de expectativas.

De repente, com um pouco de conversa, as afinidades começaram a fluir facilmente: nascidas no mesmo estado, adoram maquiagem, têm bom humor, ouvem o mesmo programa de rádio...

Pouco a pouco o trabalho virou diversão, a obrigação virou prazer e as colegas de trabalho viraram grandes amigas.

Santo Antonio passou a ser nosso “boteco”, nossa “praia”. Nos intervalos sentávamos diante daquele mar e fazíamos um agradecimento a Deus em silêncio.

Até as intermináveis horas de engarrafamento eram prazerosas quando estávamos juntas.

Preparamos lanchinhos com carinho para nossas tardes, contamos piadas, fizemos confidências, rimos, choramos, brigamos. Fomos professoras, amigas e mães de nossos alunos.

Os momentos inesquecíveis foram registrados em fotos e vídeos, mas principalmente em nossos corações. Muitos pastéis de camarão, cervejinhas e risadas depois viramos as RG’s (Risca de Giz) que ouviam o PB (Pretinho Básico) e nos achamos melhores que eles! (pretensiosas...)

Para completar, promovemos a formatura mais inesquecível que a EJA já viu!

Hoje não nos vemos mais todos os dias. Não trabalhamos com vista pro mar. Não comemos pastéis de camarão terças e quintas. Não rimos, choramos, brigamos, ou divergimos nas reuniões. Não damos mais aquele abraço apertado com frequência.

Apesar disso, dessa distância física, nos amamos como antes. Nos respeitamos como antes. E viveremos para sempre nos corações umas das outras. Como antes.

Marcia Cardoso Canto. Uma RG saudosista...13/09/2009 21:30hs

quinta-feira, setembro 03, 2009

As últimas

Galera, estive numa bad que vocês não tem noção!
Mais uma vez chutei tudo e decidi que não queria viver (pelo menos não a vida que eu tava levando).
Eu sei que frequentemente me comporto como uma adolescente que se acha no direito de ser contra tudo, de odiar tudo, de achar sua vida uma m. Eu já passei dessa fase. Já passei dessa idade e sinceramente não é algo que eu planeje, que eu escolha. O problema é que começo a pensar sobre minha vida, começo a me olhar e não vejo sentido pra isso. Não vejo sentido pra eu estar vivendo. Nesse momento desisto de tudo. E perco a crença nas pessoas, em mim e em Deus. (Que Deus me perdoe por essa blasfêmia)
Mas como sempre, vem os anjinhos que Deus envia para minha vida e me mostram que posso mais. Anjos estes que não por acaso, me apoiam, me mostram caminhos, me sacodem quando eu to na milionésima crise da adolescência.
Os dois anjos dessa vez tem nome: Rebeca, e sua tranquilidade, paciência e fórmulas mágicas, e Alex, o poço de paciência que me acompanha a 12 anos.
Queria dizer a eles, e a quem interessar possa, que estou tentando mais uma vez. Agora tomando atitudes concretas. Tomei alguns sustos e quero mudar o que está me incomodando. Preciso mudar.
Eu sei que já disse isso antes. Eu sei que já cometi os mesmo erros outras vezes. Mas de que adianta continuar vivendo se a gente não tiver esperanças? (no meu caso esperanças em mim mesma).
Independente do que os outros pensem, falem, julguem sobre mim, eu vou me esforçar por mim.
Preciso voltar a me ver como via antes. Preciso me ver no espelho como me vejo na minha cabeça.
Ainda tem coisas estranhas povoando meus pensamentos, não nego. Mas vou tentar ser menos cabeça dura e olhar o que tem em volta. Além disso, ouvir o que me falam de construtivo e usar a meu favor.
Obrigada Rê, vou te mandar um email contando as maravilhas da tua ajuda.
Obrigada Alex, pela compreensão de sempre, pela paciência e pelo amor de todas as horas.
Obrigada Deus, a cada minuto (segundo?) tenho mais e mais provas da sua existência. Eu creio em ti.
Diz o velho ditado que "o papel aceita tudo".
Eu iria mais longe e modernizaria o ditado: "Um editor de texto aceita tudo"...