segunda-feira, junho 01, 2009

Extremos

Na última quarta-feira (27/05) alcancei os extremos dos meus sentimentos: chorei a morte do pai de uma grande amiga e comemorei a vida do meu pai.
Experimentar esse tipo de sentimento mexeu muito, muito comigo.
Comecei obviamente a pensar em todas as relações de afeto que construi em minha vida. Pensei na efemeridade da vida e na certeza da morte. Pensei que hoje pode ser o último dia que eu veja um dos meus amores. Pode ser o último dia que me vejam.
Pensei que por mais que eu tenha essa consciência, não vivo cada dia como se fosse o último.
Estou sempre deixando algo para depois, deixando para ser feliz amanhã, adiando um encontro, um telefonema, um sorriso, um beijo.
Num minuto ele estava aqui, no outro não está mais.
"O que vou fazer da minha vida sem ele?"
Por que não tomei mais banhos de chuva, por que não o beijei mais, por que não tive mais paciência, por que não vivi intensamente??
A vida é uma só, o tempo passa e não tem volta.
Quero ser feliz aqui e hoje.
Quero você (s) por perto.
Quero aquele sorriso sempre aberto.
Quero a força suficiente para me reerguer após cada queda, independente do tamanho do tombo.
Que ela esteja sempre em nós.
Amém.

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