quinta-feira, janeiro 29, 2009

Eu chorei essa noite

Chorei mais uma vez por motivos bobos. E por motivos sérios.
Chorei porque me magoaram. Chorei porque espero que as pessoas tenham uma memória igual à minha. Chorei porque penso demais.
As pessoas não têm culpa de esquecerem que certos comentários me magoam.
Mas se tem uma coisa que eu lembro é o que eu "não posso" dizer pra elas: porque as magoa, porque as chateia, porque as enfraquece.
Não to dizendo aqui que eu sou perfeita: de maneira nenhuma. Só estou exaltando uma qualidade minha. Acredite, isso é raro.
Além disso, chorei porque sou ingênua a ponto de ainda acreditar nas pessoas. E nas pessoas erradas, o que é pior.
Chorei porque quero desesperadamente que determinadas coisas dêem certo. Porque preciso de paz no meu coraçãozinho, porque minha saúde está abalada (e eu não to falando metaforicamente), porque tem coisas que só com dinheiro eu vou resolver, outras que depende apenas da minha (in) decisão e outras tantas que tenho que esperar pacientemente que aconteçam.
Fora isso eu to legal.
Finalmente entendi a minha insônia. É verdade! Eu a entendi!
Basicamente fico sem sono quando estou fora do ritmo de correria. Na grande maioria das vezes é assim: to de férias, de atestado, algo que me tire da minha rotina alucinante e pronto: lá fico eu sem dormir. As excessões a essa regra existem: é quando estou com algum problema.
A insônia se eleva à máxima potência quando os dois se juntam: inércia + problema.
Portanto, minha insônia nada mais é do que falta do que fazer.

(Marcia, 01:10 am, filosofando sobre sua "insônia". Sendo que nesse momento ela está elevada à máxima potência)
Obs: Ah! E para agravar eu to com fome, dor de cabeça, fazendo desenhos bobos, etc, etc, etc...

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Reforma Ortográfica

Frase da semana:
Jamais trema sobre a linguiça!

quarta-feira, janeiro 21, 2009

"Este ano farei uma viagem incrível: vou dar uma volta ao redor do sol!"
Melhor um fim horroroso que um horror sem fim.
Hoje tem sol e um ventinho pra compensar o calor. A casa está em ordem. Na mente fervilham idéias. No coração fervilham emoções. Obrigada por mais um dia, Papai do Céu. Obrigada por estar viva.

domingo, janeiro 18, 2009

Sobre a morte

Ontem estava indo almoçar fora, na casa de uma irmã e caminhando pela rua dela, passei pela casa de uma amiga que morreu muito jovem. Sempre que passo lá lembro que no dia de sua morte a vi e não parei para cumprimentá-la. Apenas acenei, na volta ela não estava mais e algumas horas depois sofreu um acidente fatal.
Então, a partir dessa lembrança e de fatos recentes de 2009, eu comecei a pensar sobre a morte. E fiquei 'viajando' no fato de a única certeza que temos na vida, a de que vamos morrer, não ter sua chegada 'certa'. Ou seja, a única certeza que temos sobre a morte é a de que ela acontecerá, nada mais. Não se sabe como, não se sabe quando, não se sabe quem vai primeiro. Isso me angustia profundamente. Eu sei que não é uma angústia só minha e que pensar nisso pode ser perda de tempo, mas de alguma maneira isso me atrai. Me faz ficar horas pensando, conjecturando sobre as mil facetas da morte. E lembro da seguinte música de Raul Seixas:

Canto para Minha Morte(Raul Seixas e Paulo Coelho)

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,
mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,P
ois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,
mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Acompanhei toda a minissérie Maysa. Não sei porque essa coisa de biografias mexe tanto comigo, sempre me interesso por filmes ou minisséries que contem a vida de alguém que realmente existiu.
Durante a conversa com pessoas que também assistiram, ficavámos nos perguntando: Será que o filho ainda sofre muito com tudo que a mãe fez (ou não fez) pra ele? O que será que passa pela cabeça dele revivendo esses momentos agora, a essa altura da vida? Imagino que muito coisa deve ter sido omitida, já que é o filho quem conta, não?
Foi uma história muito forte, mexeu comigo e com todos que conheço que assistiram. E acho que o que mais chamou a atenção foi a Maysa "mãe".
Assustadora, eu diria...

Comer, Rezar, Amar

"Os sábios iogues dizem que a dor da vida humana é causada pelas palavras, assim como toda a alegria. Nós criamos palavras para definir nossa experiência, e essas palavras trazem consigo emoções que nos sacodem como cães em uma coleira. Nós somos seduzidos por nossos próprios mantras (Eu sou um fracasso... Estou só... Sou um fracasso... Estou só...), e nos transformamos em monumentos a esses mantras. Passar algum tempo sem falar, portanto, é uma tentativa de se desvencilhar do poder das palavras, de parar de nos asfixiar com as palavras, de nos libertar de nossos mantras sufocantes."
(Elizabeth Gilbert)

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Gostei tanto do último texto que escrevi, achei tão inspirador que fiquei quase duas semanas sem escrever!
Não, não é isso. A verdade é que não parei muito em casa desde que escrevi o último post. E nos dias que tava em casa não 'parei' pra escrever. E não estava inspirada. Aliás, continuo não estando. Então vou me reservar o direito de ficar calada. Até quando der.