sábado, dezembro 19, 2009
Fim de ano
quinta-feira, novembro 26, 2009
Estava a mil com minha monografia e simplesmente sumi.
segunda-feira, setembro 14, 2009
Era uma tarde de fevereiro de 2008.
De repente, com um pouco de conversa, as afinidades começaram a fluir facilmente: nascidas no mesmo estado, adoram maquiagem, têm bom humor, ouvem o mesmo programa de rádio...
Pouco a pouco o trabalho virou diversão, a obrigação virou prazer e as colegas de trabalho viraram grandes amigas.
Santo Antonio passou a ser nosso “boteco”, nossa “praia”. Nos intervalos sentávamos diante daquele mar e fazíamos um agradecimento a Deus em silêncio.
Até as intermináveis horas de engarrafamento eram prazerosas quando estávamos juntas.
Preparamos lanchinhos com carinho para nossas tardes, contamos piadas, fizemos confidências, rimos, choramos, brigamos. Fomos professoras, amigas e mães de nossos alunos.
Os momentos inesquecíveis foram registrados em fotos e vídeos, mas principalmente em nossos corações. Muitos pastéis de camarão, cervejinhas e risadas depois viramos as RG’s (Risca de Giz) que ouviam o PB (Pretinho Básico) e nos achamos melhores que eles! (pretensiosas...)
Para completar, promovemos a formatura mais inesquecível que a EJA já viu!
Hoje não nos vemos mais todos os dias. Não trabalhamos com vista pro mar. Não comemos pastéis de camarão terças e quintas. Não rimos, choramos, brigamos, ou divergimos nas reuniões. Não damos mais aquele abraço apertado com frequência.
Apesar disso, dessa distância física, nos amamos como antes. Nos respeitamos como antes. E viveremos para sempre nos corações umas das outras. Como antes.
Marcia Cardoso Canto. Uma RG saudosista...13/09/2009 21:30hs
quinta-feira, setembro 03, 2009
As últimas
Mais uma vez chutei tudo e decidi que não queria viver (pelo menos não a vida que eu tava levando).
Eu sei que frequentemente me comporto como uma adolescente que se acha no direito de ser contra tudo, de odiar tudo, de achar sua vida uma m. Eu já passei dessa fase. Já passei dessa idade e sinceramente não é algo que eu planeje, que eu escolha. O problema é que começo a pensar sobre minha vida, começo a me olhar e não vejo sentido pra isso. Não vejo sentido pra eu estar vivendo. Nesse momento desisto de tudo. E perco a crença nas pessoas, em mim e em Deus. (Que Deus me perdoe por essa blasfêmia)
Mas como sempre, vem os anjinhos que Deus envia para minha vida e me mostram que posso mais. Anjos estes que não por acaso, me apoiam, me mostram caminhos, me sacodem quando eu to na milionésima crise da adolescência.
Os dois anjos dessa vez tem nome: Rebeca, e sua tranquilidade, paciência e fórmulas mágicas, e Alex, o poço de paciência que me acompanha a 12 anos.
Queria dizer a eles, e a quem interessar possa, que estou tentando mais uma vez. Agora tomando atitudes concretas. Tomei alguns sustos e quero mudar o que está me incomodando. Preciso mudar.
Eu sei que já disse isso antes. Eu sei que já cometi os mesmo erros outras vezes. Mas de que adianta continuar vivendo se a gente não tiver esperanças? (no meu caso esperanças em mim mesma).
Independente do que os outros pensem, falem, julguem sobre mim, eu vou me esforçar por mim.
Preciso voltar a me ver como via antes. Preciso me ver no espelho como me vejo na minha cabeça.
Ainda tem coisas estranhas povoando meus pensamentos, não nego. Mas vou tentar ser menos cabeça dura e olhar o que tem em volta. Além disso, ouvir o que me falam de construtivo e usar a meu favor.
Obrigada Rê, vou te mandar um email contando as maravilhas da tua ajuda.
Obrigada Alex, pela compreensão de sempre, pela paciência e pelo amor de todas as horas.
Obrigada Deus, a cada minuto (segundo?) tenho mais e mais provas da sua existência. Eu creio em ti.
segunda-feira, agosto 17, 2009
Definições para TPM
Tendências a Pontapés e Murros
Todos os Problemas Misturados
Temporada Proibida para Machos
Tente no Próximo Mês
Tô Pirada Mesmo
Tempo Para Meditação
Totalmente Pirada e Maluca
Tendência Para Matar
Tira as Patas Moleque
Tenha Paciência Meu
Todos os Problemas no Momento
Total Paranóia Mental
e as melhores:
Tire a Porcaria da Mão
Tocou, Perguntou, Morreu!
terça-feira, agosto 04, 2009
sábado, agosto 01, 2009
Isso aconteceu por alguns motivos pontuais: os pedidos do meu namorado, os amigos 'cutucando', a chegada da idade (porque se fosse para ter filhos, gostaria de participar ativamente da vida deles, não ser uma 'senhora' espectadora).
Por esses motivos, estava repensando minha posição e me acostumando com a ideia.
Eis que comecei a ler Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Ganhei esse livro em 2006 de presente de formatura, já comecei a ler algumas vezes mas achei meio 'auto ajuda' e desisti. Pois bem, lendo esse livro (ainda estou nos Pais Brilhantes) voltei a ter dúvidas quanto a minha capacidade de criar um filho.
A decisão de não tê-los vem da minha experiência como professora, como tia (e tia avó!), como babá na adolescência...
Ter filhos é uma responsabilidade absurda, uma situação sem volta, uma mudança radical em inúmeros aspectos da nossa vida.
Me pergunto: Será que consigo dar conta dessa responsabilidade? Será que estou disposta a mudar minha vida totalmente? Será que meu egoísmo permite que eu divida meu tempo, meu amor, minha casa (etc) com um serzinho que vai depender tanto de mim?
Díficil dizer. Ou nem tanto.
domingo, julho 12, 2009
quinta-feira, julho 02, 2009
Calmaria
domingo, junho 28, 2009
Já não consigo dar conta:
- das 21 turmas para corrigir provas;
- do artigo e da aula pra ensino superior que tenho que preparar pra Pós;
- das aulas e da maldita sequência didática que tenho que preparar pra aplicar minha pesquisa pra monografia da pós;
- dos livros e textos que preciso ler também pra monografia;
- dos cabelos brancos;
- das ligações a serem feitas;
- dos tão desejados encontros com os amigos.
Como se não bastasse, estou na TPM e irritadíssima: discutindo com alunos, achando tudo um saco, querendo matar quem atravesse meu caminho.
Pelo menos o namoro vai bem, obrigada.
Mas quanto ao meu trabalho, to em crise denovo. E não é só culpa da TPM. Ela ajuda, mas não é o fator principal. Não sinto mais aquele tesão de antes ao dar aulas. Segundo um texto que li na pós, esse é o problema "dar aulas". O aconselhável é "fazer aulas". Mas isso tudo é teoria, coisas bonitas pra pôr no papel, mas na prática... Quanta diferença!
Sala de aula é outro papo. Sala de aula em Escola Pública então! Sala de aula em Escola Pública no noturno, putz! Uma meleca!
A coisa toma uma proporção que você se perde. To decepcionada...
Por outro lado, fico pensando o que poderia fazer caso não seja mais professora. Não sei. Sinceramente não gosto de mais nada. Caso sério. Penso em fazer concursos públicos, mas sei lá.
Quando olho pra trás, pro ano passado, vejo que gosto do que faço e sei fazer. O problema é a atual situação mesmo.
Preciso pensar. Mas quem diz que acho tempo em meio a tantos diários, provas, artigos, textos, sequencias didáticas...
terça-feira, junho 23, 2009
terça-feira, junho 16, 2009
Foi muito, muito bom.
Fui a muitos lugares, visitei muitas pessoas, comi todas as delicinhas que queria, ri, bebi, me diverti.
Bem bacana mesmo.
Nem to muito preocupada com o fato de terem trabalhado na sexta e não terem me avisado a tempo para eu ir na escola.
Que venham outros feriados assim: emocionantes, divertidos e felizes!
terça-feira, junho 02, 2009
Como se fosse a primeira vez
Esse filme faz lembrar uma fase muito boa da minha vida. Um momento diferente que vivi a exatamente um ano. Uma época aliás, na qual eu assistia esse filme quase todos os dias e não enjoava!
Inevitavelmente quando comecei a ver o filme lembrei de tudo. Pensei nas coisas boas que vivi (óbvio que tiveram ruins, eu tava de pé engessado, e tal, mas só pensei nas boas) e que pra variar estraguei tudo e desperdicei.
Enfim, to emotiva. E não devia ter visto o filme. Mas gosto muito dele. E lembrar também me faz bem...
Ps: não, não tente me entender. Estará perdendo seu tempo. Sou estranha pacas! E mudo de opinião o tempo todo.
segunda-feira, junho 01, 2009
Loucura X Sanidade
Se tal linha é muito ultrapassada, corre-se o risco de não ter mais volta. Para um lado ou para o outro. O que para mim configura 'loucura' de qualquer forma, sendo que sanidade mental demais, tampouco faz bem.
Lendo algumas coisas sobre o que pensava Freud, descobri que:
"A psicanálise rompeu também com os campos da medicina e da psiquiatria ao conceder à loucura o estatuto de verdade, considerando-a como portadora de sentido e não como uma anomalia na estrutura do corpo, sobre a qual a palavra não possuía qualquer poder revelador. Mais ainda, para ele “o estado emotivo é sempre justificado” (Freud, 1895/1980, vol. III, p. 89) e o sofrimento é que mostra que a experiência psíquica é verdadeira, no sentido que tal afeto mostra a verdade que o sujeito atribui a si mesmo. "
Dessa forma, pode-se constatar a verdade contida na loucura. Me refiro mais à loucura, porque a sanidade é considerada "normal", portanto não nos desperta tanto interesse...
Continuando esse raciocínio, para Freud a loucura possuía princípios semelhantes ao pensamento “normal”, estando aberta à interpretação pelos mesmos princípios de qualquer funcionamento mental.
Ou seja, a historinha inicial da linha tênue se mantém. E continuo sem saber de que lado estou. Talvez você também se ponha a pensar em tal fato...
Extremos
Experimentar esse tipo de sentimento mexeu muito, muito comigo.
Comecei obviamente a pensar em todas as relações de afeto que construi em minha vida. Pensei na efemeridade da vida e na certeza da morte. Pensei que hoje pode ser o último dia que eu veja um dos meus amores. Pode ser o último dia que me vejam.
Pensei que por mais que eu tenha essa consciência, não vivo cada dia como se fosse o último.
Estou sempre deixando algo para depois, deixando para ser feliz amanhã, adiando um encontro, um telefonema, um sorriso, um beijo.
Num minuto ele estava aqui, no outro não está mais.
"O que vou fazer da minha vida sem ele?"
Por que não tomei mais banhos de chuva, por que não o beijei mais, por que não tive mais paciência, por que não vivi intensamente??
A vida é uma só, o tempo passa e não tem volta.
Quero ser feliz aqui e hoje.
Quero você (s) por perto.
Quero aquele sorriso sempre aberto.
Quero a força suficiente para me reerguer após cada queda, independente do tamanho do tombo.
Que ela esteja sempre em nós.
Amém.
terça-feira, maio 26, 2009
Uma bela história...
Irritado e impaciente, curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito. E o milagre começou a acontecer diante de mim num ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu, arrastando-se. Nunca hei de esquecer o horror que senti: suas asas ainda não estavam abertas e todo o seu corpinho tremia, no esforço para desdobrá-las.
Curvado por cima dela, eu a ajudava com o meu hálito. Em vão. Era necessária urna paciente manutenção e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol. Agora era tarde demais. Meu sopro obrigava a borboleta a se mostrar, antes do tempo, toda amarrotada. Ela se agitou desesperada e, alguns segundos depois, morreu na palma de minha mão.
Acho que aquele pequeno cadáver é o peso maior que tenho na consciência. Hoje, entendo bem isso: é um pecado mortal forçar as grandes leis.
Não devemos nos apressar, nem ficar impacientes, mas seguir confiantes o ritmo eterno.
segunda-feira, maio 25, 2009
Ai, ai, como é bom acordar um belo dia e tomar decisões acertadas, sentir-se bem consigo mesma, estar cheia de expectativas, criar oportunidades, achar que tudo pode dar certo.
Sim, eu mudarei. Sim, eu estou mudando. Hoje me sinto mais forte, mais propensa à mudança, às suas implicações e seguramente à felicidade.
Vou fazer de tudo para que meus desejos se realizem.
Vou fazer dar certo.
Vou acontecer.
E meus dias serão mais felizes.
E minhas noites serão bem dormidas.
E a sensação de dever cumprido me invadirá.
E eu serei tudo aquilo que quero ser.
Serei maior que meus sonhos.
Serei forte e feliz.
Amém.
domingo, maio 17, 2009
sábado, maio 16, 2009
Doeu muito. Hoje dói menos.
Mas o pior não é isso. O pior é ter que tomar sorvete com esse friozinho.
(Digitar só com uma mão tb não é legal não.)
terça-feira, maio 12, 2009
E a saga continua...
Sessão Legião:
Aliás está no último volume.
Vai de Vento no Litoral a O mundo anda tão complicado (com direito a eu tocar violão junto com o cd).
Ouço Legião para os mais variados fins. O de hoje? Exorcizar. Me sentir viva. Me alegrar e pensar. Pensar em coisas boas e em outras nem tanto. Parênteses: Pq esse cara não quis se tratar? Podia ter tocado por mais tempo e ter escrito mais coisas lindas...
Enfim, nada como músicas de qualidade pra começar bem o dia.
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
__ Estou com sono, vamos dormir...
Boas e más notícias
A má: Vou fazer um tratamento que me impedirá de beber durante 9 dias;
A boa: Vou resolver meu problema de dor de dente;
A má: Para tanto, terei que extrair dois cisos essa semana;
A boa: O dentista me deu um calmante pra eu ficar tranquila durante a cirurgia...
domingo, maio 03, 2009
Tinha marcado ginecologista, pra exames de rotina, e tal. Cheguei lá, o cara ja foi dizendo que estou com um parasita intestinal, que tenho que fazer tratamento e outras coisinhas chatas...
Comecei a sentir dor de dente. Vou ter que extrair o ciso. Comecei a sentir tb dor de garganta e formaram-se placas bacterianas e passei uma semana daquelas, 4 noites sem dormir, com febre, tendo que ir trabalhar pra não perder nem um centavo daquela merreca que me pagam e é claro, fingindo que dava aula, gesticulando e escrevendo o tempo todo.
Daí parei pra pensar que essa é justamente a semana que antecede o 1º ano daquele entorce no meu pé, o mais sério. Só de lembrar fico arrepiada. Que Deus me livre!
Falam tanto de "inferno astral", esse papo de que ele antecede em um mês o aniversário, o meu inferno astral é sempre um mês depois do meu aniver...
Enfim, vou buscar a cura! hehehehe. Preciso me cuidar. E me benzer!
Sai pra lá, ô!
FLAMENGO!!!!!!!!!!!!
domingo, abril 26, 2009
quarta-feira, abril 15, 2009
Lápis de Cor
terça-feira, abril 07, 2009
domingo, abril 05, 2009
segunda-feira, março 30, 2009
domingo, março 22, 2009
Significado...
Ó São João, purifica
os nossos lábios maculados
a fim de que possamos
celebrar, plenamente,
os teus feitos maravilhosos
sábado, março 21, 2009
Faltou...
No ano em que minha mãe não pôde mais estudar, antes de saber disso, ela foi a pé de Imaruí, onde morava, até Imbituba para vender jabuticabas, pois precisava de dinheiro para comprar o material escolar. Comprou tudo e quando soube que a professora não daria mais aulas chorou muito, ficou muito decepcionada, mas depois pegou o material e passou o ano revisando o que tinha aprendido no ano anterior...
(Como minha mãe mesmo diria, 'é de cortar o coração')
quinta-feira, março 19, 2009
Dó Ré Mi Fá!
O Igor, como era de se esperar, levava umas músicas, falava da história da música e tal. Lembro dele levando aquela música "Meu coração/ não sei porquê/ bate feliz/ quando te vê" e dizendo pra uma parte da turma dizer "com calça" e "sem calça" depois de cada verso, o que nos divertíamos! Lembro também dele falando de onde tinha vindo o nome das notas musicais. Hoje cedo liguei a tv enquanto tomava café e tava passando o Telecurso, daí estavam falando das notas musicais e lembrei das minhas aulas.
O nome das notas vêm das iniciais dos versos de uma oração à São João que é assim:
quarta-feira, março 18, 2009
Pequena-grande mulher!
É minha mãe, sabe? Um metro e meio de altura e um coração gigantesco. Sou a filha mais nova, como muitos sabem. Sou também a que mais liga, a que mais a visita (a ela e a meu pai) e a última a ter saído de casa. Talvez por esses motivos eu tenha digamos, um tratamento especial. E isso não acontece só quando vou lá sozinha, na frente dos meus irmãos ela também deixa escapar alguns excessos comigo. Eles brincam, ficam me 'zoando' ou demonstrando ciúmes, mas encaram numa boa.
Mas como eu ia dizendo, minha mãe é uma grande mulher.
Quando ficou grávida de mim já tinha 40 anos e ficou com um pouco de vergonha de ter um filho 'nessa idade'. Ela quase perdeu a vida para eu nascer, foi um procedimento de alto risco, que nem se usa mais atualmente: nasci de fórceps. Ela enfrentou tudo com muita coragem e apesar das dificuldades financeiras, me deu o que tinha de mais valioso: uma boa educação, princípios e valores, coisas que por mais que sejamos pobres, ninguém tira da gente. Me deu oportunidade para poder estudar, junto com meu pai bancou (financeira e emocionalmente) minha vinda para Floripa e sempre me apoiou nas minhas decisões, acreditando na educação que me deu.
Em um dos dias mais emocionantes das nossas vidas, a minha formatura da faculdade, ela estava lá, na primeira fila, chorando junto comigo, me olhando com orgulho e comemorando comigo essa vitória. Falando em educação, lembro da história educacional da minha mãe, que sempre que ela conta sinto um nó na garganta. Ela era uma ótima aluna, morava e trabalhava na roça e queria ser professora. Quando ela tinha 10 anos, a professora da região onde ela morava simplesmente se negou a continuar dando aulas porque eram poucos alunos. Meu avô não autorizou que ela fosse estudar na cidade e ela teve que ficar ajudando ele e nunca mais pode estudar. Ela fala disso com lágrimas nos olhos e eu sinto dentro de mim toda a dor que vejo neles.
Por isso ela valoriza tanto quando vê um filho se formando em alguma coisa.
Bom, mas não é só isso.
Minha mãe me paparica muito! Eu sempre tive um quarto na casa deles, mesmo depois que eu vim embora. Recentemente meus pais conseguiram construir sua primeira casa de alvenaria e adivinha: eu continuo tendo um quarto lá! Dia desses ela me liga pra reclamar que eu ainda não tinha ligado naquela semana e me diz que vai comprar uma cama maior para eu ficar mais confortável quando for para lá, acredita?
Sem contar todas aquelas comidas que eu adoro e que ela faz quando eu vou lá. Todos as horas que ficamos na varanda, sentadas em nossas cadeiras (sim, eu tenho uma cadeira na varanda!) conversando sobre como está minha vida, sobre as peripécias que ela e meu pai aprontam durante a semana e sobre o passado, me contando histórias antigas, felizes ou tristes.
Apesar da sua hipocondria (acho que é só pra chamar nossa atenção...) ela é um amor. Carinhosa a seu modo, dedicada, presente, ótima costureira, mãezona, amável e sempre disposta a ajudar. Minha mãe é incrível!
Tenho muito orgulho de tudo que ela passou para nos educar e por ter criado sete filhos com decência, caráter, respeito entre si e valores tão nobres.
Amo essa pequena-grande mulher”
Te olho nos olhos...
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,Guarda-me apenas uma fresta
.Eu que sempre fui livre,Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...a ponto de ver seus ancestrais...Nos seus traços
.A ponto de ver a estrada...Muito antes dos seus passos
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
te olhando profundamente.
(Ana Carolina)
sexta-feira, março 06, 2009
Não gosto que contem o fim da história, mas...
(...) “Eu sou a Esperança”, disse a fada. E prosseguiu: “Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido. Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses!”Chorando copiosamente, Pandora disse: “Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos esses males e prendê-los novamente na caixa?”“Você nunca poderá fazer isso Pandora!” Respondeu tristemente a fada da Esperança. “Eles já estão todos espalhados pelo mundo e não podem mais ser presos!”“Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo amanhã !”
quinta-feira, março 05, 2009
Considerações
Essas amarguras envolvem não somente a minha desilusão atual com meu trabalho. Minha vida pessoal é a que mais sofre com minha inconstância. Minha vida pessoal É a própria inconstância. Eu sei que tenho muito a agradecer. Eu acredito sinceramente que talvez nem mereça tudo que tenho. Às vezes acho até que eu possa ter sorte (veja só!). Mas a verdade é que isso não me basta. Sempre fica um resquício de insatisfação, de "sentir falta de". Em determinados momentos, sinto falta até do que nunca tive. Isso me deixa angustiada. Me deixa doente. Me faz reavaliar o que me rodeia e as coisas sobre as quais eu 'acho' que tenho certo domínio.
Perco noites e noites de sono pensando: por que me apego tão fácil às pessoas? Elas sempre me abandonam! Por que não consigo relaxar e viver a minha relação amorosa do jeito que ela se apresenta a mim? Ele é a única pessoa que sempre esteve ali! Por que tenho que ficar sempre pondo defeito em algo que eu mesma estraguei? Por que me dedico tanto ao trabalho, sabendo que no fim vai ser a mesma coisa de sempre? Por que não relaxo e curto tudo? Queria relaxar... Juro que queria...
Eu sei que o texto tomou um rumo inesperado, sei que talvez um parágrafo não tenho conexão com o outro e sei que parece que to depressiva ou algo do tipo. Não é isso não. Apenas estou escrevendo o que estou sentindo nesse momento, essa necessidade constante de encontrar respostas e ao mesmo tempo meio que observando tudo do alto, sabe? Como se eu estivesse fora de toda essa situação. Tem coisas que não tem como mudar. E tem coisas que eu fico teimando e insistindo mas na real estão bem do jeito que estão. Estão no seu lugar certo, eu que não me contento com ela.
Essa insatisfação talvez não seja só minha. Vejo isso em muita gente. E parece que a atualidade 'leva' a gente pra isso. Vejo isso principalmente quando estou em algum momento de folga, quando tenho tempo sobrando. Eu tinha me acostumado a não ter tempo, e agora que tenho algum sobrando não sei o que fazer com ele. Não é espantoso? É por isso que penso tanto!
Depois de tudo que disse, cheguei a uma conclusão: Tenho que parar mais vezes pra cortar as unhas! E para me permitir, como já disse anteriormente. Tá na hora da calmaria, chega de tempestade! E chega de maus pensamentos.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Hoje foi assim: fiquei lá por um tempo e quando descobri que só tinha uma vaga desisti. Fico me perguntando porque não dizem no edital que só tem uma vaga. Ou então descartam logo a disciplina do edital: economizaríamos tempo e dinheiro.
Além das frustrações sofridas com as escolhas de aula, outras ocorreram nos últimos tempos que me fizeram questionar se é isso que quero pra minha vida. Engraçado eu dizer isso, porque sempre fui uma defensora da educação. Sempre bradei aos quatro ventos que amava o que fazia, que sabia onde tinha me metido e que quem gosta do que faz vai até onde quer. Acreditava na frase de Lindolf Bell "Menor que meu sonho não posso ser", e hoje estou aqui, cansada disso tudo. Cansada de ver meus esforços irem por água abaixo; cansada de ver que ao mesmo tempo que querem gente qualificada, não apoiam nem remuneram nossa qualificação; cansada de ver gente que só dá aulas pelo dinheiro que vai receber e essas são as que sempre se dão bem; cansada de frustrações com pessoas, com o sistema, comigo mesma.
Ainda amo o que aprendi, queria de verdade trabalhar com a língua espanhola, foi uma escolha acertada. Mas ser professora a vida toda já é algo bastante questionável pra mim. Fico muito triste em afirmar isso. Muito mesmo. Porque acreditei nisso, apostei minhas fichas nisso, e agora só tenho a dizer que estou largando as armas. E que perdi mais uma aposta.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Post-com-destinário,-talvez-vc-não-entenda
Estudei quinta e sexta à noite e sábado manhã e tarde. Domingo fui fiscal em um concurso. Além disso consegui resolver parte das questões trabalhistas e é claro, tirei um tempinho pro prazer-lazer, porque ninguém é de ferro.
Noite de sábado e manhã de domingo perfeitas. Esqueci que tinha mudado o horário, mas tá beleza! O importante é que a compania era a que eu queria. (Viu? Eu falo de ti no blog! Só não gosto de citar nomes, ué!)
"Bonitinhos, vcs!" É, pode crer.
Só que tem um problema: já to com saudades, poxa! Mas tá chegando o carnaval... Ai, ai, 4 dias... É tudo o que quero para comemorar. Mais uma vez. Contigo.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Ontem pra mim foi um daqueles dias em que dá vontade de mandar todo mundo 'práquele' lugar. Em que tudo dá errado, até o que eu já tinha como certo. A minha vontade era sumir do mapa. A cada minuto vinha mais uma notícia bombástica.
Daí cheguei em casa 23:20hs e tudo o que eu queria era dormir e esquecer daquele dia. Mesmo muito cansada, esgotada eu não conseguia dormir. Me peguei lá pelas duas da manhã chorando copiosamente, reclamando da minha vida, achando tudo uma porcaria querendo 'criar galinhas', como costumo dizer. Então de repente eu sentia necessidade de parar de chorar, e aí que entra a parte absurda desse post: resolvi que precisava cortar as unhas, e do nada lá estava eu, duas da manhã, com a luminária acesa, cortando as unhas com tamanha concentração que realmente funcionou: parei de chorar.
Eu sei, sou maluca. Mas enfim, o que importa é que depois disso fiz mais umas palavrinhas cruzadas, dormi e hoje fui acordada por ligações com boas notícias.
É como se diz: Nada como um dia após o outro com uma noite cortando unhas no meio...
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Ele ofereceu um jantar e em seguida fomos ao baile. Nossa, que noite! Dancei um bocado mas não aguentei muito não... Tive que sentar, descansar e esperar, afinal estava de carona. No domingo ainda tive que acordar para fazer uma prova a tarde e hj começo a trabalhar. Enfim, muito movimento.
Algumas pessoas têm falado que eu ando sumida... Não é verdade, apenas nos desencontramos. Ou aparecem compromissos como o que acabei de descrever.
Voltando ao tema inicial: Foi uma grande festa. Fico feliz pelo meu irmão e pelos meus pais que acompanham a formatura de mais um filho. Apesar de todas as dificuldades, de todos os contratempos, mais um filho consegue terminar uma graduação. Isso para os meus pais, que têm o Ensino Fundamental incompleto, é uma realização e uma alegria indescrítiveis.
Espero sinceramente que possamos (eu e meus irmãos) trazer sempre mais alegrias a eles, que nos criaram com tanto sacrifício e amor.
terça-feira, fevereiro 03, 2009
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Mas antes disso, antes de ir dormir, eu estava em duas conversas super animadas no msn. Uma era com o grande amor da minha vida. Eram poucas palavras, mas me faziam feliz naquele momento. Me bastava.
A outro com uma amiga figura, que não ri de nenhuma piada que eu conto mas ontem estava com um humor fantástico, e a conversa foi muito boa. Em primeiro lugar eu desabafei. Falei, falei, falei, de todas as frescuras que me irritam. E depois a gente riu muito.
E hoje, depois da conturbada noite eu acordei bem. E conheci um blog novo que me fez pensar. Pensar na minha mesquinhez diária e no quanto eu tenho a agradecer.
Por isso hj eu agradeço às três pessoas que me fizeram bem nas últimas horas.
Às duas primeiras: vocês são muito importantes na minha vida, me fazem bem. (quase sempre...); à terceira: foi um prazer "lê-la", esteja certa de que se tornará uma constante.
Obrigada mais uma vez Papai do Céu, por todas essas bençãos com as quais me brindas todos os dias.
CARPE DIEM!
Que assim seja.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Eu chorei essa noite
Chorei porque me magoaram. Chorei porque espero que as pessoas tenham uma memória igual à minha. Chorei porque penso demais.
As pessoas não têm culpa de esquecerem que certos comentários me magoam.
Mas se tem uma coisa que eu lembro é o que eu "não posso" dizer pra elas: porque as magoa, porque as chateia, porque as enfraquece.
Não to dizendo aqui que eu sou perfeita: de maneira nenhuma. Só estou exaltando uma qualidade minha. Acredite, isso é raro.
Além disso, chorei porque sou ingênua a ponto de ainda acreditar nas pessoas. E nas pessoas erradas, o que é pior.
Chorei porque quero desesperadamente que determinadas coisas dêem certo. Porque preciso de paz no meu coraçãozinho, porque minha saúde está abalada (e eu não to falando metaforicamente), porque tem coisas que só com dinheiro eu vou resolver, outras que depende apenas da minha (in) decisão e outras tantas que tenho que esperar pacientemente que aconteçam.
Fora isso eu to legal.
Basicamente fico sem sono quando estou fora do ritmo de correria. Na grande maioria das vezes é assim: to de férias, de atestado, algo que me tire da minha rotina alucinante e pronto: lá fico eu sem dormir. As excessões a essa regra existem: é quando estou com algum problema.
A insônia se eleva à máxima potência quando os dois se juntam: inércia + problema.
Portanto, minha insônia nada mais é do que falta do que fazer.
(Marcia, 01:10 am, filosofando sobre sua "insônia". Sendo que nesse momento ela está elevada à máxima potência)
Obs: Ah! E para agravar eu to com fome, dor de cabeça, fazendo desenhos bobos, etc, etc, etc...
quinta-feira, janeiro 22, 2009
quarta-feira, janeiro 21, 2009
domingo, janeiro 18, 2009
Sobre a morte
Então, a partir dessa lembrança e de fatos recentes de 2009, eu comecei a pensar sobre a morte. E fiquei 'viajando' no fato de a única certeza que temos na vida, a de que vamos morrer, não ter sua chegada 'certa'. Ou seja, a única certeza que temos sobre a morte é a de que ela acontecerá, nada mais. Não se sabe como, não se sabe quando, não se sabe quem vai primeiro. Isso me angustia profundamente. Eu sei que não é uma angústia só minha e que pensar nisso pode ser perda de tempo, mas de alguma maneira isso me atrai. Me faz ficar horas pensando, conjecturando sobre as mil facetas da morte. E lembro da seguinte música de Raul Seixas:
Canto para Minha Morte(Raul Seixas e Paulo Coelho)
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,
mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,P
ois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,
mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Durante a conversa com pessoas que também assistiram, ficavámos nos perguntando: Será que o filho ainda sofre muito com tudo que a mãe fez (ou não fez) pra ele? O que será que passa pela cabeça dele revivendo esses momentos agora, a essa altura da vida? Imagino que muito coisa deve ter sido omitida, já que é o filho quem conta, não?
Foi uma história muito forte, mexeu comigo e com todos que conheço que assistiram. E acho que o que mais chamou a atenção foi a Maysa "mãe".
Assustadora, eu diria...
Comer, Rezar, Amar
(Elizabeth Gilbert)
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Não, não é isso. A verdade é que não parei muito em casa desde que escrevi o último post. E nos dias que tava em casa não 'parei' pra escrever. E não estava inspirada. Aliás, continuo não estando. Então vou me reservar o direito de ficar calada. Até quando der.