"Fazer nada é muito difícil: você nunca sabe quando acabou"

(Achei no orkut)

Pérolas de uma noite na EJA...

Sai da pedra, Marisco!

Tranquilo que nem grilo e manso que nem ganso...

Cara, eu ri muito essa noite...

Sobre o casamento:

Sempre que estiver errado, admita,

Sempre que estiver certo, cale a boca.

Purificação

Ontem eu fui à praia.

__ Tá, e daí? Isso é um acontecimento, agora? Me pergunta uma voz interior.

Sim.

Explico.

Passei 2008 trabalhando na beira do mar e esse ano trabalho na frente da praia.

Mas eu normalmente não costumo ir à praia. Acho que no verão de 2008-2009 eu não fui um dia sequer. Apesar de passar sempre uns dias das férias em Imbituba, na casa dos pais. Apesar de ser de lá, ter vivido 18 anos por lá, eu nunca fui muito de ir à praia.

Ontem minha irmã me convidou pra ir nos Ingleses e eu disse que não queria, afinal dou aulas lá, estou lá todos os dias, não quero fazer essa viagem no finde.

Mas depois acabei aceitando.

Nossa, foi uma decisão acertadíssima. Tomei um banho de mar que me encheu de novas energias. Eu acostumada com aquelas águas geladas de Imbituba nem botava fé. E qual foi minha surpresa quando senti aquela água quentinha batendo no meu corpo. Brinquei feito criança com minha sobrinha de 7 anos.

Me diverti e renovei energias.

Fazia tempo que não me sentia assim. Foi bom demais.

Obrigada papai do céu.

"Tudo o que é bom, despenteia!"

Essa eu ouvi no pretinho e achei ótima. Dormir despenteia, fazer amor despenteia, pular, tomar banho de mar, correr, brincar, andar de bicicleta e uma infinidade de coisas, não é mesmo?

Pois bem, a minha dica de hoje é: despenteie-se!

É...
É a vida, né ô!
Cada coisa né...
Ai, ai, to ruim...
Eca, não aguento mais ficar dodói, há semanas já...
Y otras cositas más que no sé qué hacer...
Ay, carajo!

EJA: paixão profissional

Estava eu na minha cômoda posição de "professora tradicional".

Entrava na sala, fazia a chamada, encaminhava a aula e sentava, esperando que os alunos a desenvolvessem. Nem sempre era assim, mas normalmente era.

Eis que em 2008 me aparece a oportunidade de trabalhar na EJA, Educação de Jovens e Adultos da Prefeitura de Florianópolis.

Em um primeiro momento tomei um susto: como assim a gente não vai dar aula das disciplinas? Não tem nota? Eles desenvolvem projetos? Somos orientadores, mediadores? Eles são autônomos?

A EJA da Prefeitura de Florianópolis é um método inovador, sabe. O interesse parte do aluno. As escolhas partem do aluno e o professor se adapta e encaminha as aulas de acordo com o aluno, e não o contrário.

Fui conhecendo essa proposta e me apaixonando. Quando dei por mim, já estava envolvida até o pescoço.

2008 foi um ano incrível profissionalmente para mim: foi uma das melhores experiências (só empata com o CEFET) e a melhor equipe de trabalho com a qual convivi.

Em 2009 não estive na EJA, mas esse ano voltei. A Prefeitura se recusava a abrir núcleos de EJA pela cidade, alegando pouca procura, e eu junto com alguns companheiros fui atrás dos alunos, para provar que havia muita gente precisando completar o ensino fundamental.

Estive 2 dias na Barra do Sambaqui conversando com meus amados ex-alunos e mais 3 dias em Santo Antonio efetuando matrículas. Conseguimos 80 nomes. O núcleo abriu. Sem falsa modéstia ajudei a abrir um núcleo e fiquei muito orgulhosa.

Estou trabalhando nos Ingleses, um pouco longe de casa, mas não importa, estou fazendo o que eu gosto.

Enquanto eu puder, quero continuar trabalhando na EJA.

Ser realizado profissionalmente não tem preço.

Trabalhar com pessoas que querem aprender também não.

Como disse Platão: "Aprender é mudar posturas".

Eu mudei as minhas.

E aprendi.

Falando de gênero:

Tem uma comunidade no orkut que se chama: "eu sou mais macho que muito homem".

Vinha pensando sobre isso e relacionando ao meu jeito constatei o seguinte:

- Tomo banho super rápido;

- Escolho a roupa que vou vestir rápido tb;

- Não uso maquiagem;

- Raramente faço as unhas;

- Não ando na moda;

- Assisto futebol;

- Bebo cerveja.

No entanto, apesar de fugir do padrão das mulheres preferidas pelos homens, meu namorado disse no começo do namoro que se interessou por mim porque, além de gostar de ouvir minha voz lendo na sala de aula, gostava do fato de eu usar jeans e camiseta, de não ser patricinha como as demais colegas.

Então cara, acredite: há sempre um chinelo velho pra um pé cansado!

hahahahahaha!

Hoje eu bati o meu recorde e acho que eu deveria entrar no "Livro" do Guinness Book (como diz a galera do Pretinho Básico): Eu peguei 9 ônibus diferentes para ir de casa para as escolas e voltar!

UFA!