Hoje foi mais um daqueles dias de tentativa de conseguir mais aulas. Quem é professor act como eu, sabe bem do que estou falando. É impressionante a maneira como somos "tratados". Horas e horas esperando, cultivando uma esperança que se dissipa rápido e você se sente frustrado. Mais uma vez.
Hoje foi assim: fiquei lá por um tempo e quando descobri que só tinha uma vaga desisti. Fico me perguntando porque não dizem no edital que só tem uma vaga. Ou então descartam logo a disciplina do edital: economizaríamos tempo e dinheiro.
Além das frustrações sofridas com as escolhas de aula, outras ocorreram nos últimos tempos que me fizeram questionar se é isso que quero pra minha vida. Engraçado eu dizer isso, porque sempre fui uma defensora da educação. Sempre bradei aos quatro ventos que amava o que fazia, que sabia onde tinha me metido e que quem gosta do que faz vai até onde quer. Acreditava na frase de Lindolf Bell "Menor que meu sonho não posso ser", e hoje estou aqui, cansada disso tudo. Cansada de ver meus esforços irem por água abaixo; cansada de ver que ao mesmo tempo que querem gente qualificada, não apoiam nem remuneram nossa qualificação; cansada de ver gente que só dá aulas pelo dinheiro que vai receber e essas são as que sempre se dão bem; cansada de frustrações com pessoas, com o sistema, comigo mesma.
Ainda amo o que aprendi, queria de verdade trabalhar com a língua espanhola, foi uma escolha acertada. Mas ser professora a vida toda já é algo bastante questionável pra mim. Fico muito triste em afirmar isso. Muito mesmo. Porque acreditei nisso, apostei minhas fichas nisso, e agora só tenho a dizer que estou largando as armas. E que perdi mais uma aposta.
Resenha de livro: Essencialismo - Greg Mckeown
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