sexta-feira, dezembro 29, 2006

Nossa, eu sumi! Sabe o que é, cá estou eu novamente sem net... E nas férias estarei um tanto quanto incomunicável. Mas passei pra contar as novis:
O Natal? Animadíssimo, como sempre. A família toda reunida, aquela criançada, o papai noel, o amigo invisível... Muito bom. Minha família é nota 1000, nem imagino como seria um natal silencioso...
Daí voltei pra Floripa pois tinha a formatura dos meus queridíssimos alunos do EMJA ontem. Foi muito bonita, e gratificante. Vê-los conquistando o que queria, chegando onde desejavam e dizendo, "professora, agora que recomecei não paro mais!" Os olhinhos deles estavam cheios de lágrimas e esperanças. Fiquei muito feliz, por eles e por ter conseguido me superar com mais esse trabalho. Que Deus abençoe a todos sempre.
E a vocês meus leitores, um lindo 2007. Que ele venha cheio de boas vibrações, que os caminhos se abram, e que continuemos juntos por aqui!
Até ano que vem!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A massacrante felicidade dos outros

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso?Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero,uma música que dizia: "Eu espero/ contecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento". Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugarpara o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação,que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas,quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores."
Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia,e olha que na época em que ele escreveu estes versosnão havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas -fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.
Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa?Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantesenquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?
Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.
(Martha Medeiros, gaúcha, 44 anos, Jornalista, poeta e gente fina).

terça-feira, dezembro 19, 2006

Você conhece a Lei de Murphy?

LEI DE MURPHY
"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível. "
Toda vez que você sai de guarda chuva, não chove e basta você esquecê-lo que cai o maior toró? No supermercado a sua fila é sempre aquela que anda mais devagar? Quanto mais atrasado você está para um compromisso, mais sinais vermelhos você encontra? Essas e outras catástrofes não são coincidências, são apenas a comprovação da inevitabilidade da Lei de Murphy.
Já imaginou escrever uma monografia sobre a física da Lei de Murphy? Algo sobre o paralelo entre a altura do coqueiro e o valor do carro atingido pelo côco? Ou então sua tese de mestrado ser baseada no porque que a fila do supermercado onde você se encontra é sempre a mais lenta?
Se isso lhe pareceu absurdo, saiba que há quem estude a lei de Murphy a sério. Para Robert Matthews, formado em física pela Universidade de Oxford, a lei de Murphy tem fundamentos científicos. Ele publicou um trabalho científico intitulado "A lei de Murphy e a queda das torradas" que, além de lhe tornar um cientista popular, lhe rendeu o Prêmio Ignóbel da física (prêmio dado às pesquisas mais inúteis).

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Ô fim de semana movimentado! Na sexta à noite fui pra churrascaria com os alunos comemorar a formatura deles. Foi muita gente! Comi (e bebi, lógico!) pra caramba! Em seguida fui viajar pra Porto Alegre. Fui com outros alunos visitar o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC. Viajei a noite inteira... Visitamos no sábado, e à tarde voltamos. Como cansa...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

E eis que a Laura (minha afilhada, 2 anos) descobre meu aparelho:
- Dinda, que é isso?
- Aparelho.
- Aparelho? Tu tira?
- Não, é colado.
- Colado? Quem colou?
- O dentista.
- Dentista? Qual é o nome dele?
- [Putz! o nome?] ???

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Para meus alunos queridos:

Sabe esses dias em que a gente tem surpresas incríveis e maravilhosas? Essas que a gente nem imaginava que ia acontecer? Fui eu dar minha última aula pro EMJA (pra quem não sabe: Ensino Médio de Jovens e Adultos) do CEFET, preparando um discurso pra agradecer tudo que aprendi com eles e tal. E então ao chegar lá, vi que eles estavam meio estranhos, fugindo da sala, um violão...
E tive a melhor surpresa dos últimos tempos! Eles prepararam uma festa pra mim! Pra mim, que mal cheguei, que tive tão pouco tempo pra dedicar pra eles, que tava morrendo de medo de decepcionar! Pra mim que sou anos mais jovem que muitos deles, que achei que eles não iam "pôr fé" no meu trabalho!
Foi uma sensação indescritível! E tem mais: eles cantaram (com violão e tudo) Como Quisiera do Maná, que eu tinha ensinado há uns tempos! Fizeram discurso, deram presente, me fizeram chorar, fotografaram, foram uns amores!
Dar aula pra eles foi uma das melhores experiências da minha vida. Eu ia com gosto todas as sextas à noite por CEFET, pq eu sabia que tinha gente lá que queria me ouvir, que dava uma importância imensa pro que eu tinha pra ensinar, que tinha sede de saber, e que também iam à aula com prazer.
Por tudo isso, pela emoção, o carinho, os sorrisos, as lágrimas, agradeço imensamente a todos: Andréa, Djavan, Eliane (s), Emirame, Glória, Ildo, João, Claudio, Fátima, Terezinha, Marilza, Rogério, Severina. Vocês me fizeram crescer. Me fizeram ver minha profissão de outra maneira. Me fizeram trabalhar com uma felicidade imensa.
Estarão sempre guardados no meu coração.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

O pc da minha sala no CEFET deu problema. Na UFSC não tem acesso ao msn. Por isso to meio 'offline' nos últimos tempos...
Tá, tá eu vou falar: coloquei aparelho. Ai, ai, que coisa ridícula. Segundo umas alunas "deixa mais jovem" (alguém aí leu as entrelinhas desse comentário?) Mas ta tudo em cima, tirando a dor, a sensação de que todos os dentes estão moles e sujos e a dificuldade de morder, mastigar e afins, eu levo na boa. É, não é fácil querer ter uma aparência melhor...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Maior abandonado...

Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas poções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam
[...]
Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessam
Me ame como a um irmão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam
(Cazuza)